sexta-feira, abril 09, 2010


"Pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada". - Romanos 8:18


Lembro-me que assim que a minha caminhada com o Mestre começou, aconteceram algumas coisas diferentes do mar de rosas prometido: perdi meu emprego, com a falta de pagamento de minhas obrigações, meu nome ficou sujo na praça, fui despejado, dependi de doações de cesta básica de pessoas que nem imaginava, fui morar de favor.

Olho para este trecho de minha vida, mas o medo de não ter, de viver sem conseguir se bancar, não é algo que me causa medo, angustia ou insegurança. Aconteceu a tempestade, e o barco não foi a pique, embora muitas vezes pensei em levantar meu punho em riste contra o céu que me oprimia (não podia ser o inferno: me ensinaram que dizimistas como eu não passavam por apertos finaceiros. Ou Deus mentiu, ou quem me ensinou).

Passada essa tempestade, percebi o que havia para mim: do outro lado da tormenta havia aprendido a superar aquelas tribulações com demasiada tranquilidade. Era mais lúcido, firme, real, equilibrado.

Jamais poderia cantar - ou louvar - dizendo: "Deus! Te ordeno! Devolve aquele velho emprego que me fazia ser um ser humano pior! Restitui meu carro velho! Meu jogo de quarto! Traz de volta meu Atari e minhas chinelas de couro de bode"

Tudo que me foi tirado, privado, não caberiam no novo ser que estava sendo criado em mim(como jamais imaginei poder ser). Aquelas porcarias todas não podem mais me fazer ajoelhar e chorar sua perda. O que me faz ajoelhar hoje é mais que digno de tal ação.

O interesse do Mestre não é restituir valores e contas bancárias. É colocar-nos na trilha dos valores realmente importantes.

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