sexta-feira, julho 30, 2010

CARTA ABERTA A CHICO ANYSIO



DEUS? QUE DEUS?

"Mas e então? Que Deus é este que deixa que morra um menino de 18 anos, à espera de começar seu caminho na vida e deixa vivo e solto o animal que o atropelou, o débil mental que faz de um tunel uma pista de corrida e simplesmente arranca da vida um ser bonito, jovem, ansioso por começar a viver, filho de uma mãe maravilhosa, como colega, como amiga e como pessoa? Para onde Deus estava olhando quando isto aconteceu? Para onde ele olha enquanto negras magérrimas juntam areia a um pouco de água suja e dão para seus filhos na esperança de o salvar? Não é Ele que tudo sabe e que tudo vê? E como não vê o eterno inferno em que vivem judeus e palestinos por causa de dois palmos de terra? Deus é onipresente? E quando o Bruno matou ou mandou matar a mulher que lhe dera um filho e dele desejava o dinheiro suficiente para a criança sobrevier? Deus é onisciente? Então ele sabia que o Rafael teria que morrer naquele dia, naquela hora e daquele modo. Sendo assim, meus amigos eu deixo à disposição de todos a minha parte de Deus porque se Ele tem e é tantos “onis” e o mundo está como está, eu prefiro ficar sozinho."


A vida e a morte são dois lados da mesma moeda. São irmãs siamesas que se unem de modo sucessivo; primeiro a vida, depois a morte.
Não haveria devoção a Deus se o ser humano fosse conservado e fadado a morrer apenas na velhice – um mero infarto. Por que haveria descrença justificada na morte prematura de um ser vivo?

Fato é que por crermos que Deus é uma espécie de garçom galáctico, ele haveria de nos poupar das fatalidades cruéis e nos abastar conforme o desejo de cada um.
Esse Deus não existe e se existisse, ele seria o responsável pela morte do Rafael, filho da Cissa Guimarães.

O Deus que você deixou de crer e o Deus que a grande massa crê são uma, a extremidade da outra, e está abaixo da linha do horizonte daquilo que de fato é e existe.

A percepção de que há um Deus não é apenas fator de necessidade, é uma identidade do Homem e o que apenas vai se esvaindo pela história no rolo compressor da evolução do pensamento, são as teorias a cerca dele.

Hoje, você desiste e abandona suas suspeições de que Ele existe, porém, saiba: ninguém crê ou descrê nele por desistência ou esforço intelectual.

Se suas agruras lhe fizeram perder a fé, permita-me dizer que você perdeu apenas o “apetite” de sustentar suas convicções de crenças.

A fé não é convicção de nada que não seja um eco daquilo que ressoa dentro do coração humano.

Um grande e bom coração que ressoa amor, não pode confessar incredulidade. Um grande e bom coração é encontrado por Deus mesmo em face de decepção, ignorância e ceticismo.

Ainda que a boca humana confesse algo, nem sempre o que dizemos, de fato, é o que cremos.
Há quem diz, publicamente, “sim” sobre Deus, porém o coração diz “não”. Há quem diz,
publicamente, “não” sobre Deus, porém o coração diz “sim”.
Outra coisa, Deus não tem respostas. Deus é a própria resposta. A resposta dele é que ele reconciliou o Homem ao seu seio e debaixo de sua dextra, tudo nasce, tudo cresce, tudo morre e em morrendo, tudo volta a ter vida nele e para sempre.
Somos e sempre seremos filhos dele com toda a nossa revolta contra Ele e com todo o nosso entulho de informação que especulamos a respeito dele.

Hoje, você proclama independência intelectual a respeito de Deus, porém somente uma coisa validaria e isso não tem a ver com suas convicções, tem a ver com quem você é, como você viveu e como você se relaciona dentro deste elo de vida humana.

Bem-aventurado é aquele que consegue reverberar em convicção aquilo que ele não creu com palavras, mas com jeito de ser e viver.

Nós somos tão pueris que não cabe a nós saber quem somos através do que cremos cabe a Deus saber e julgar o que de fato cremos pelo o que de fato somos.

O amor de Deus não tapa buraco existencial e não impede de que tragédias aconteçam. O amor de Deus é o chão que acolhe todo o suor e sangue e faz brotar esperança, amparo e unidade com o seu próprio semelhante.

Na angústia, Deus é “Deus em você e em mim” ao que sofre, ao que geme. Choremos e cuidemos uns dos outros.
Chico Anysio, esta carta é expressão de minha admiração a você e consciência de que quem sabe melhor de nós, é Deus.


Abraços fraternos,
Moisés Lourenço
26/07/2010




terça-feira, julho 27, 2010


Uma ovelha fala da vida no rebanho...

O nosso dono é o meu pastor, ele não terceirizou o nosso apascentamento, ele mesmo cuida de tudo e eu não preciso de mais nada.

O movimento de nosso pastor é me levar a descansar. Ele nos coloca num pasto estourando de verde, e eu como daquela abundância! Mas, miraculosamente, contrário ao que me seria natural, ao invés de comer, vorazmente, até consumir a própria raiz da relva toda, eu como a me saciar e deito-me em completo descanso. Nosso pastor me faz compreender que não preciso me desesperar, sempre haverá alimento para nós.

Aí, ele nos leva para tomar água, e como eu sou estabanada, e qualquer movimento me leva a perder o equilíbrio, ele me leva a um lugar especial: não é água parada, então, não corro o risco de contrair nenhuma enfermidade; e, também, não são águas corredeiras, então, não corro o risco de ser arrastada pela correnteza; são águas tranqüilas, e, nesse estado de descanso, me dessedento tranquilamente, sabendo que não serei atacada enquanto me inclino para beber, porque o nosso pastor cuida de mim.

Eu vou com o nosso pastor por qualquer caminho. Eu me deixo conduzir! Não saio do estado de descanso, porque o nosso pastor escolhe sempre o melhor caminho... É uma questão de honra para ele!

Mesmo quando eu não consigo ver um palmo a frente do nariz, quando o caminho está coberto por uma sombra que parece cobrir qualquer luz, e percebo que a própria morte me espreita, e que é um caminho estreito, escorregadio, perigoso, que basta resvalar uma das patas para precipitar-me desfiladeiro abaixo... Eu não tenho medo! O nosso pastor está comigo e me protege: ele tem como, eficazmente, me puxar, se eu ameaçar cair; e eu sei que ele, pronta e precisamente, tocará na pata que estiver a ponto de escorregar e terei como endireitar o meu passo. Isso me consola em meio a essa escuridão, e permaneço em estado de descanso.

E quando lobos, leões, ladrões e mercenários se aproximam... Prontos para o ataque! O nosso pastor, ao invés de sair afugentando-os, prepara um banquete para mim, e continuo a desfrutar do descanso, da paz e de alegria, como de um copo a transbordar! Fica claro, para mim, que os meus inimigos não têm como me alcançar. O nosso pastor é uma barreira intransponível!

Eu quero ficar para sempre nesse rebanho! Aqui eu desfruto da bondade e da misericórdia do nosso dono e pastor. E o nosso pastor me garante que ficarei sempre aqui, com ele, desfrutando desse descanso promovido por sua bondade e misericórdia. Ele nunca vai embora... Ele mora conosco... Melhor! Ele mora em nós e nós nele! Nós somos a casa dele, e ele a casa da gente!

Ariovaldo Ramos

http://ariovaldoramosblog.blogspot.com

sábado, julho 24, 2010


A segurança é, em grande parte, uma superstição. Ela não existe na natureza, nem os filhos dos homens a experimentam. A longo prazo, evitar o perigo não é mais seguro do que a exposição total. Ou a vida é uma aventura ousada ou não é nada.

Helen Keller


A igreja em crise
Por Valter Baptistoni*
O medo da morte, o desespero da vida nos aproxima da religião como forma de encontrarmos Deus, o criador de todas as coisas. A angústia de viver, ou seja: as doenças, emoções, incertezas são o que movem a religiosidade. Toda manifestação humana responde ao momento em que se vive e o nosso comportamento então valoriza a prática religiosa e ele é mais intenso nos momentos de crises existenciais.
Nós muitas vezes nos prendemos a religiosidade e nos esquecemos do objetivo: a comunhão com o Criador do universo. Hoje temos razões para negarmos sermos chamados de evangélicos diante de tantos escândalos nas igrejas, vivemos na nossa geração uma crise institucional como nunca antes.
O homem é o único animal que traí a sua própria espécie, isto ocorre porque ele não se vê como tal. Líderes religiosos hoje procuram satisfazer o público através da magia, do encantamento e então ser ¨ evangélico ¨ começa a ser caracterizado como algo vergonhoso, negamos a religiosidade nesta salada de doutrinas e de poder institucional para aceitarmos sermos chamados de cristãos, os verdadeiros seguidores de Cristo.
Mas onde a igreja instituição erra? Ela erra quando trata seus membros como clientes, quando visa lucros e é muito fácil de se perceber isto, é só você observar como são tratadas as pessoas, valoriza-se mais quem dizima mais. Estes erros já cometeram no passado enquanto instituição e parece que insistimos nele, igreja virou há muito sinônimo de lucro. Nas preleções é fácil também de se identificar este fenômeno: os exemplos estão sempre associados a coisas de consumo, à prosperidade financeira do tipo ¨ eu tinha isto e agora tenho aquilo...¨
Não precisamos de templos luxuosos e cheios de gente com as mentes e os corações vazios, precisamos de pessoas se relacionando com pessoas, num mesmo nível de diálogo sem constrangimentos, sem indiferenças. Nada de magia, chega de encantamentos.
O Avivalismo foi um movimento que aconteceu nos séculos XVIII e XIX quando algumas ênfases da reforma estavam se esfriando, precisamos de novo de um movimento destes, a força motivadora dos fiéis vem diminuindo gradativamente e é fácil de perceber isto: basta olhar para a grande rotatividade de pessoas nos templos cristãos, sempre rostos novos enquanto os velhos vão se ausentando desanimados com discursos que mais parecem palestras motivacionais do que a pregação do evangelho puro. Esta rotatividade é que possibilita a manutenção financeira da instituição afinal de contas neófitos nunca questionam as doutrinas nem os salários dos seus líderes espirituais.
Isto permite com que apareçam outras denominações, são mais de 3000 variações doutrinárias só dentro do movimento protestante/evangélico. A igreja hoje ao invés de procurar seguir os passos iniciados pela Igreja Primitiva se tornou uma instituição alienante com discurso meramente coercitivo e as pessoas sedentas de Deus vão encontrar este modelo errado de institucionalização da Palavra. Precisamos de reformadores, de novo!
· *Professor de história, especialista em história das religiões.

blog: http://soudamissionaria.blogspot.com/

sábado, julho 10, 2010



Você não tem alma. Você é uma alma. Você tem um corpo.

C.S.Lewis

sábado, julho 03, 2010


Grandes conquistas requerem enorme perseverança.


" … a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança".

Romanos 5:3-4



Uma das lembranças mais antigas que tenho da minha infância foi observar as lesmas em nosso jardim. Eu era fascinado por esta criaturinha com uma concha, um corpinho viscoso e olhinhos que giravam como periscópios. Porém o que parecia verdadeiramente incomum era o ritmo demorado dos movimentos da lesma.

Qual lento é esse ritmo? Um estudo cronometrou uma lesma a 0,012 quilômetros por hora – ou 12 metros em uma hora. Não admiro usarmos a expressão parece uma lesma para nos referirmos a uma pessoa vagarosa.

Embora a lesma se mova em ritmo lento, ela possui uma virtude: a perseverança. O grande pregador do século 19 – Charles Spurgeon, ironicamente, observou: “Pela perseverança a lesma chegou até a arca”.

De acordo com o apóstolo Paulo, a perseverança é uma peça-chave no desenvolvimento do caráter. Ele explicou que “a tribulação produz perseverança” (Romanos 5:3), e sobre este alicerce colocam-se a experiência e a esperança (Romanos 5:4). A palavra grega original traduzida como perseverança significa determinação, constância e resistência. Era usado para referir-se aos cristãos que permaneciam firmes em sua caminhada de fé apesar de provações muito árduas.

Os reveses diminuíram o seu ritmo? Seja otimista. Deus não atinge uma chegada rápida. Ele espera o processo contínuo.


FONTE:
H. Dennis Fischer
Nosso Andar Diário – Ministério RBC

quinta-feira, julho 01, 2010

O que se tornou motivo de oração, não deveria ser motivo de preocupação

"… não vos inquieteis com o dia de amanhã…"



Mateus 6:34



Sentada dentro do carro, sob a sombra de uma árvore na hora do almoço, eu estava preocupada com alguns assuntos. Repentinamente, um cardeal com uma minhoca gorda pendurada em seu bico, pousou perto da minha porta e olhou para mim; o cardeal trouxe a vívida lembrança das palavras de Jesus em Mateus 6:25-26; “Não andeis ansiosos pela vossa vida […] Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?”


Anos atrás, Paul Borden, autor de um artigo em uma revista de seminário deu algumas dicas úteis para os preocupados:



Comece uma lista de preocupações. Escreva aquilo que o preocupa. As contas, o seu trabalho, os seus filhos ou netos, a sua saúde, o futuro.



Transforme a sua lista de preocupações numa lista de oração. Peça ao Senhor que trabalhe nessas situações que o preocupam. Ore especificamente por suas necessidades, e confie nele.



Transforme a sua lista de oração numa lista de atitudes. Se você tiver alguma ideia sobre o que puder ser feito para resolver suas preocupações, pratique-a. Ao transformarmos nossas preocupações em orações e atitudes, o autor afirma: “A ansiedade paralisante pode ser substituída pela preocupação com as responsabilidades da vida”.



Por que não começar a sua lista de preocupações agora?



FONTE:Anne M. Cetas Nosso Andar Diário – Ministério RBC

PODERÁ GOSTAR TAMBÉM DE:

Related Posts with Thumbnails